Guerra é paz, escravidão é liberdade, ignorância é força.
Em regimes totalitários, também conhecido como estados policiais: onde a conformidade se aplica no final de uma arma carregada, o governo determina quais palavras podem ou não ser usadas.
Nos países onde o estado policial se esconde atrás de uma máscara benevolente e se disfarça de tolerância, os cidadãos se censuram, observando suas palavras e pensamentos para se conformarem com as mentes das massas.
Mesmo quando os motivos por trás dessa reorientação rigidamente calibrada da linguagem social parecem bem-intencionados: desencorajar o racismo, condenar a violência, denunciar a discriminação e o ódio, inevitavelmente, o resultado final é o mesmo: intolerância, doutrinação e infantilismo.
É o politicamente correto disfarçado de tolerância, cortesia e amor, mas o que, realmente, significa é o esfriamento da liberdade de expressão e a demonização das visões que vão contra a elite cultural.
Como sociedade, tornamo-nos terrivelmente educados, cuidadosos para evitar ofensas e, em grande parte, pouco dispostos a sermos rotulados de intolerantes, odiosos, de mente fechada ou qualquer um dos outros rótulos tóxicos que, hoje, carregam uma conotação de vergonha.
O resultado é uma nação em que ninguém diz o que realmente pensa, pelo menos se for contra as opiniões predominantes. Intolerância é a nova letra escarlate dos nossos dias, um distintivo usado com vergonha e humilhação, que merece medo, ódio e banimento total da sociedade.
Para aqueles “inimigos” que ousam expressar uma opinião diferente, a retribuição é rápida: eles serão desmoralizados, gritados, silênciados, censurados, demitidos, expulsos e, geralmente, relegados a bandidos ignorantes e maus que são culpados de vários “crimes de palavras”.
Nesse clima de intolerância, não pode haver liberdade de expressão ou pensamento.
No entanto, o que as forças do politicamente correto não percebem é que eles têm uma divida com os chamados “inimigos” que mantém a robusta Primeira Emenda.
De neonazistas com suas suásticas marchando por Skokie, Illinois a manifestantes com cartazes de “Deus odeia bichas” reunidos perto de funerais militares, aqueles que, sem perceber, fizeram todo o possível para preservar o direito à liberdade de expressão para todos, defenderam opiniões impopulares, se não, odiosas.
Até recentemente, a Suprema Corte dos Estados Unidos reiterava que a Primeira Emenda impedia o governo de proibir discursos ou condutas simplesmente porque desaprovava as idéias expressas em tal discurso ou conduta. No entanto, essa tolerância tão exigida e aplicada pelo tribunal a um discurso “intolerante” agora deu lugar a um paradigma no qual o governo pode discriminar, livremente, contra a atividade da Primeira Emenda que ocorre dentro de um fórum governamental.
Justificando tal discriminação como “discurso do governo”, a Corte decidiu que o Departamento de Veículos do Texas poderia se recusar a emitir desenhos especiais de placas com uma bandeira da batalha da Confederação. Porque? Porque foi considerado ofensivo.
A decisão do tribunal veio, imediatamente, após um tiroteio em que um homem branco de 21 anos matou nove afro-americanos durante um estudo bíblico em uma igreja em Charleston, Carolina do Sul.
Os dois eventos, juntamente com o fato do atirador Dylann Roof ter sido fotografado em vários sites de redes sociais com uma bandeira da Confederação, resultaram em um tumulto carregado de emoções para desinfetar lugares públicos no país de tudo que cheira a racismo , começando com a bandeira da Confederação, expandindo para uma lista que inclui a eliminação de vários monumentos da Guerra Civil.
Graças ao aumento do discurso politicamente correto, a população de queimadores de livros / censores / juízes / executores expandiu-se, enormemente, ao longo dos anos de modo a cobrir todas as faixas, desde a inclinação à esquerda e à direita e tudo o mais.
Ao eliminar palavras, frases e símbolos do discurso público, os poderes factuais estão semeando o ódio, a desconfiança e a paranóia, suprimindo a dissidência e criando uma panela de pressão da miséria sufocada que acabará por explodir.
A questão, é claro, é: O que está por vir na lista a ser proibido?
George Orwell entendeu o poder da linguagem para manipular as massas. Em “1984”, Big Brother conta com o Novo Discurso para eliminar palavras indesejáveis, remover palavras com significados pouco ortodoxos e criminalizar o pensamento independente, aquele não aprovado pelo governo.