Novo “primeiro-ministro” da Líbia é um Bully da Indústria do Petróleo
November 3, 2011
Tradução Luis Miranda
Land Destroyer
02 de outubro de 2011
Associated Press relatou recentemente que o líder militante dos rebeldes da Líbia tem nomeado um “primeiro-ministro” novo esta semana. AP apresenta o mais novo representante ocidental eleito ; Abdurrahim el-Keib, como um acadêmico liberal que passou décadas na comunidade do ensino universitário na Universidade de Alabama, Estados Unidos e como um líder da comunidade muçulmana local. Mas AP apenas menciona que o “ex-patrão” do el-Keib, no entanto, é o Instituto do Petróleo, com sede em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos e que este instituto é patrocinado pela British Petroleum(BP), a Shell, a petrolífera francesa Total, a Society of Petroleum Development do Japão e a National Oil Company de Abu Dhabi. el-Keiba é listado como “Professor e Presidente” em seu perfil no Instituto do Petróleo que também descreve detalhes de extensas investigaçoes conduzidas pelo Abdurrahim el-Keib, patrocinadas por vários departamentos governamentais e agências dos EUA nos últimos anos.
Em essência, el-Keib, como seu antecessor Jalil, é líbio apenas no nome e tem vindo a trabalhar para as corporações ocidentais, governos e instituições ao longo de décadas. Como Jalil, ou o “filho do povo egípcio” Mohammed ElBaradei, el-Keib é outro agente dos interesses ocidentais passando por um líder indígena em um país estrangeiro. Sua ascensão ao poder foi pavimentada por milhares de invasões e ataques em uma operação militar liderada pela OTAN e Estados Unidos durante sete meses que custou a vida de dezenas de milhares de civis na Líbia. Isso faz com que a sua ascensão ao poder seja outro exemplo de uma profanação da soberania desse país.
Enquanto isso, o London Telegraph relata que os rebeldes apoiados pela OTAN voltaram suas armas contra si mesmos, mais uma vez, em Tripoli, com centenas de combatentes trocando tiros perto de um hospital depois que uma das facções armadas tentaram assassinar um paciente que eles mesmos tinham ferido na noite anterior. O relatório também cita uma longa lista de atrocidades cometidas pelos combatentes rebeldes antes de apontar a vitória “sem precedentes” da OTAN na Líbia.
Enquanto a mídia corporativa tenta ignorar o crescente corpo de evidências que sugere que tanto a OTAN como os rebeldes cometeram as mesmas atrocidades que Gaddafi, como pretexto para uma série de assassinatos ao longo de seis meses, tem sido bem documentada desde o começo do conflito em fevereiro, que os rebeldes, não sao combatentes pró-democracia, mas pertencem ao Grupo de Combate Islâmico Líbio (LIFG), uma afiliada da Al-Qaeda, que têm uma longa história de terrorismo e barbárie. Também tem sido documentado que os rebeldes mataram tropas dos americanas e britânicas no Iraque e no Afeganistão nos últimos 10 anos, como observou um relatório do Centro de Combate ao Terrorismo em West Point.
No entanto, representantes dos EUA, incluindo o senador John McCain, se reuniram pessoalmente com militantes do LIFG para elogia-los como heróis que “inspiram o mundo.” É alarmante que McCain faca essas declarações em Trípoli, embora os rebeldes declararam publicamente sua intenção de deliberadamente reduzir suprimentos e assistência médica à população de Sirte, para “matar seus habitantes de fome” com o apoio da OTAN- um crime de guerra graves.
Palavras não podem descrever a injustiça que ocorre na Líbia, o nível de duplicidade com que esta injustiça é feita e os saques flagrantes em que o país é submetido pelos membros da OTAN, facilitados por um personagem recém-eleito, com décadas de serviço aos interesses ocidentais que agora torna-se “primeiro-ministro interino.”