Líderes Europeus negociam como Colapsar a Europa

Herman van Rompuy pede menos soberania, para o resto dos Estados-nação.

POR LUIS MIRANDA | THE REAL AGENDA | 16 SETEMBRO 2012

Flashback: Herman van Rompuy, presidente da União Europeia: “Os Estados-nação homogéneos estão mortos.”

O colapso do euro e da União Europeia não é um resultado da crise financeira criada pelos banqueiros. Na verdade, a crise foi criada como uma forma de justificar a aquisição de Estados-nação independentes na Europa, América, África e Ásia.

Depois de ler o que Herman van Rompuy tem dito — sobre como acabar com os Estados — é claro que nenhum país sairá reforçado como resultado de qualquer ação tomada pela União Europeia, o Banco Central Europeu ou o FMI. Agora há uma luta dentro da hierarquia bancária, cujos membros estão discutindo qual é a melhor maneira de completar o colapso do sistema financeiro global, começando com a zona do euro e depois levando-o para as Américas.

O presidente da UE não tenha renunciado ao seu objetivo de destruir as nações e coloca-las sob o poder de órgãos de governo não eleitos. “O tempo dos Estados-nação homogêneos acabou”, disse Van Rompuy, acrescentando que “em todos os estados membros da União Europeia, há pessoas que acreditam que seu país pode sobreviver sozinho no mundo globalizado. É uma ilusão — é uma mentira.” A força desta declaração só pode vir de um homem quem por trás das cenas conhece todos os detalhes da implosão planejada do sistema financeiro global.

Desde a semana passada e durante o fim de semana, líderes europeus se reuniram para determinar a melhor maneira de destruir a zona euro, consolidando o poder sobre os estados independentes como fizeram com a Grécia. Depois que o Banco Central Europeu admitiu que compraria títulos soberanos de países endividados, o Fundo Monetário Internacional (FMI) lançou-se como um abutre financeiro descrevendo como a entidade acredita que deve ser o seu papel no mecanismo para destruir a economia europeia. Enquanto isso, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, que não aceitou formalmente as condições dadas pelo BCE, entrou em uma corrida para pedir condições mais suaves antes de entregar o seu país ao BCE e ao FMI.

“A decisão do BCE de fornecer fundos para a Espanha, praticamente força o país a buscar um segundo resgate”, disse o chefe do BCE Mario Draghi. O BCE já manifestou sua intenção de comprar quantidades ilimitadas de dívida da Espanha e outros países em necessidade, por isso espera-se que Rajoy não vai deixar passar a oportunidade de pedir um resgate completo. Diplomatas espanhóis têm ido para Bruxelas, Frankfurt, Washington e Madri para tentar negociar melhores condições antes que a Espanha solicite o resgate neste outono.

Mas de acordo com membros da elite em Bruxelas, nem mesmo um resgate será uma forte rede de segurança para a Espanha, porque é claro que o país não pode cumprir sua metas de redução do défice, devido à depressão econômica que ocorre em Europa e a falha do governo espanhol de aumentar sua renda. Assim, o resgate é nada mais do que uma cortina de fumaça para facilitar a entrega da Espanha a seus credores, os banqueiros europeus.

Enquanto isso, a chefe do FMI, Christine Lagarde, disse que a organização está interessada em jogar um papel na concepção e acompanhamento do plano do Banco Central Europeu para comprar títulos emitidos por governos da zona do euro. Lagarde destacou que as medidas recentemente anunciadas pelo Presidente do BCE, Mario Draghi, “pavimentam o caminho para a frente”, mas observou que a prioridade deve ser aplicada de uma forma coordenada. “Estamos prontos para ajudar na concepção e implementação de todos os programas que devem ser parte da solução”, disse Lagarde, que enfatizou que a sua instituição está disposta a participar “ativamente” na concepção e desenvolvimento do programa de compra de dívida dos países da zona do euro.

Tanto Herman van Rompuy, como o primeiro-ministro italiano Mario Monti tem chamado para uma reunião com outros líderes europeus para encontrar um terreno comum para “derrotar idéias populistas que tentam destruir o euro”, disse ele. “A integração da UE é um problema permanente”, disse Herman Van Rompuy, “mais uma vez enfrentando problemas econômicos e sociais (…) por isso, saúdo a idéia do presidente Monti de realizar uma reunião especial sobre futuro da unidade europeia “, disse Van Rompuy.

O Presidente explicou que a Comissão Europeia está consciente das críticas e oposições que existem no momento, mas destacou “os enormes esforços de todos os países e instituições da UE com solidariedade sem precedentes”. O Sr. van Rompuy provavelmente quer dizer  que há solidariedade com os banqueiros, não a favor da população europeia, que, apesar de sofrer as maiores taxas de desemprego da história recente, não tem apoio direto de líderes da UE . Na verdade, as primeiras iniciativas tomadas pelos governos da UE cortaram gastos de programas sociais, salários, pensões e outros programas que costumam aliviar a carga sobre a maioria do cidadão europeu médio.

Espanha deverá expandir sua campanha por melhores condições antes da aplicação de um plano de resgate durante a reunião de ministros das Finanças da UE. “Essa é uma conversa que não deverá ocorrer entre Espanha e do BCE, mas entre a Espanha e todos os membros da zona do euro,” disse Benoit Coeuré, diretor francês do BCE, em entrevista à France Inter.

Herman van Rompuy, não evitou as perguntas feitas na semana passada sobre o resultado dessas negociações. Van Rompuy disse que em dezembro será apresentado o projeto de uma nova arquitectura europeia. Este projeto será realizado pelo BCE e pela Comissão Europeia, e irá incluir quatro pilares interligados: um sindicato bancário, uma união fiscal, união económica e uma união política mais intensa.

Líderes Europeos Negocian cómo Colapsar Europa

Herman van Rompuy pide menos soberanía para el resto de los estados-nación.

POR LUIS MIRANDA | THE REAL AGENDA | 16 SEPTIEMBRE 2012

Flashback: Herman van Rompuy, presidente de la Unión Europea: “Los Estados-nación homogéneos están muertos”.

El colapso del euro y de la Unión Europea no es un resultado de la crisis financiera creada por los banqueros. De hecho, la crisis fue creada como una forma de justificar la adquisición de los estados nacionales independientes en Europa, América, África y Asia, entre otros.

Después de leer lo que Herman van Rompuy tiene  — para poner fin a los Estados — es claro que los países no se verán fortalecidos a raíz de cualquier medida adoptada por la UE, el Banco Central Europeo o el FMI. En estos momentos hay una lucha dentro de la jerarquía bancaria, cuyos miembros están discutiendo cuál es la mejor manera de colapsar el sistema financiero mundial, comenzando con la zona euro y extenderla más tarde a las Américas.

El presidente de la UE no ha renunciado a su objetivo de destruir a las naciones y someterlas al poder de órganos gubernamentales no electos. “El tiempo de los Estados-nación homogéneos ha terminado”, dijo van Rompuy, quien agregó que “en todos los estados miembros europeos, hay personas que creen que su país puede sobrevivir solo en el mundo globalizado. Es más que una ilusión — es una mentira.” La firmeza de esta sentencia sólo puede venir de un hombre que detrás de las escenas conoce todos los detalles de la implosión prevista del sistema financiero mundial.

Desde la semana pasada y durante el fin de semana, los líderes europeos se han reunido para determinar cuál es la mejor manera de destruir la zona euro, consolidando el poder sobre los Estados independientes como lo han hecho con Grecia. Después de que el Banco Central Europeo admitió que comprará bonos soberanos de los países endeudados, el Fondo Monetario Internacional (FMI) se lanzó como un buitre financiero describiendo lo que cree que debe ser su papel en el mecanismo para destruir la economía europea. Mientras tanto, el primer ministro español, Mariano Rajoy, que no ha aceptado oficialmente las condiciones dadas por el BCE, entró en una carrera para pedir condiciones más suaves antes de entregar su país al BCE y el FMI.

“La decisión del BCE de proporcionar fondos a España, prácticamente obliga al país a solicitar un segundo rescate”, dijo el jefe del BCE, Mario Draghi. El BCE ya ha expresado su intención de comprar cantidades ilimitadas de deuda de España y otros países que lo necesiten, por lo que se espera que Rajoy no va a dejar pasar la oportunidad sin pedir un rescate completo del país. Diplomáticos españoles han ido a Bruselas, Frankfurt, Washington y Madrid para tratar de negociar mejores condiciones antes de que España pida el rescate este otoño.

Pero de acuerdo a información privilegiada de Bruselas, ni siquiera un plan de rescate financiero será una fuerte red de seguridad para España, porque es claro que el país no podrá cumplir con sus metas de reducir el déficit debido a la depresión económica que tiene lugar en Europa y el fracaso del gobierno español para aumentar sus ingresos. Así que el rescate no es más que una cortina de humo para facilitar la entrega de España a sus acreedores, los banqueros europeos.

Mientras tanto, la jefe del FMI, Christine Lagarde, dijo que la organización está interesada en jugar un papel relevante en el diseño y seguimiento del plan del Banco Central Europeo de comprar bonos emitidos por los gobiernos de la zona euro. Lagarde subrayó que las medidas recientemente anunciadas por el presidente del BCE, Mario Draghi, “allanan el camino a seguir”, pero señaló que la prioridad debe ser aplicada de una manera coordinada. “Estamos dispuestos a ayudar y colaborar en el diseño y ejecución de todos los programas que deben ser parte de la solución “, dijo Lagarde, quien ha enfatizado que su institución está dispuesta a participar “activamente “en el diseño y desarrollo del programa de compra de deuda de países de la zona euro.

Tanto Herman van Rompuy, como el primer ministro italiano Mario Monti, han convocado a una reunión con otros líderes europeos para encontrar un terreno común para “derrotar las ideas populistas que han tratado de destruir el euro”, dijeron. “La integración de la UE es un problema constante”, dijo Herman Van Rompuy, “una vez más frente a los problemas económicos y sociales (…) así que le doy la bienvenida a la idea del presidente Monti de celebrar una cumbre extraordinaria sobre el futuro de la unidad europea “, dijo Van Rompuy.

El presidente explicó que la Comisión Europea es consciente de las críticas y oposiciones que existen en este momento, pero hizo hincapié en “los enormes esfuerzos de todos los países e instituciones europeas realizadas con solidaridad sin precedentes”. El Sr. van Rompuy probablemente quiere decir que hay solidaridad hacia los banqueros, no a favor de la población europea, que a pesar de sufrir las mayores tasas de desempleo en la historia reciente, no ha tenido ninguna ayuda directa de los líderes de la UE. De hecho, las primeras iniciativas adoptadas por los gobiernos de la UE iban a recortar el gasto en programas sociales, salarios, pensiones y otros programas que generalmente alivian la carga que pesa sobre la mayor parte del ciudadano europeo promedio.

Se espera que España amplíe su campaña para obtener mejores condiciones antes de su solicitud de un plan de rescate durante la reunión de ministros de Finanzas de la UE. “Esa es una conversación que no debe ocurrir entre España y el BCE, sino entre España y los demás miembros de la zona euro”, dijo Benoit Coeuré, director francés del BCE, en una entrevista en France Inter.

Herman van Rompuy no rehuyó la semana pasada a preguntas sobre cual será el resultado final de todas estas negociaciones. Van Rompuy dijo que en diciembre el proyecto de una nueva arquitectura europea se habrá presentado. Este proyecto se llevará a cabo por el BCE y la Comisión Europea, e incluirá cuatro pilares relacionados entre sí: un sindicato bancario, una unión fiscal, una unión económica y una unión política más profunda.

Europa: Do Subprime ao Colapso

POR LUIS MIRANDA | THE REAL AGENDA | AGOSTO 17, 2012

A tempestade, que começou em os EUA pelo menos cinco anos atrás, desestabilizou governos, bancos e financistas de hipotecas.

A explosão da crise das hipotecas subprime em os EUA atinge o seu quinto aniversário com um legado que inclui uma crise econômica mundial que parece interminável: a dissolução do euro quase certa, e, no caso da Grécia, Espanha, França e, provavelmente, Portugal e Itália, entre outros países, a necessidade para buscar socorro financeiro da União Europeia.

Depois de cinco anos, a Grécia já não é propriedade de seu povo, mas dos banqueiros. O país sofreu um colapso total, depois que o alarme disparou em 9 de agosto de 2008. O mesmo aconteceu em Espanha, que passou de ter uma taxa de crescimento de 4% para um valor negativo que deverá ser de 1,5% em 2012. Como em outros países afetados pela dívida soberana, o mercado de ações da Espanha perdeu metade do seu valor — não que isto realmente signifique algo no mundo real — e os lucros das empresas, dependendo de quem você perguntar, tem visto perdas dramáticas.

Quase todos os países da zona do euro têm visto a sua capacidade de endividamento eliminada ou profundamente desgastada, devido à perda de reputação como mutuários de confiança. Isso também tornou mais caro para as nações pagar sua dívida existente, o que colocou o foco sobre os líderes dessas nações. Em resposta ao desafio fiscal, os governos simplesmente decidiram continuar como antes, ou seja, pedir mais empréstimos com taxas de juro mais elevadas, a fim de financiar os sistemas de dependência populares gigantescos dos que são orgulhosamente donos.

Através dos anos, o déficit cresceu, assim como a dívida e os respectivos juros. A bolha da dívida soberana, para usar um termo familiar, está muito mais próxima de explodir em alguns países como a Espanha, onde a incapacidade de pagar a sua dívida é cada vez menor, enquanto continua pedindo mais empréstimos.

A recusa dos governos europeus a agir de acordo com os melhores interesses de seu povo, levou a mais desemprego, mais dívida, menos produção e menos soberania. Na zona euro, a maioria dos países foram rebaixados pelas agências de classificação de crédito, que por sinal foram criadas pelos banqueiros –  Fitch e Moody’s — que resultou no aumento de custos dos empréstimos.

O premium de risco, o índice de confiança dos investidores na dívida soberana de um país, medido pela diferença entre os títulos de um pais, colocados a 10 anos, e os títulos alemães para o mesmo período, foi do total anonimato a se tornar o indicador essencial para todas as economias. Em agosto de 2007, o premium de risco para a Espanha, por exemplo, que é a medida dos custos adicionais exigidos pelos investidores para comprar dívida soberana espanhola em comparação com a Alemanha, foi de 12 pontos. Hoje é de 630 pontos.

Embora a crise do subprime foi originada nos Estados Unidos, onde todos os tipos de sistemas foram criados para fraudar credores, devedores, famílias e fundos de investimento, as ondas de choque rapidamente chegaram à Europa, onde grandes bancos haviam investido — mesmo sabendo — nos mesmos produtos financeiros fraudulentos contaminados com empréstimos subprime.

Um dos gatilhos da crise na Europa foi a suspensão temporária de três fundos de ações pertencentes ao BNP Paribas em 9 de agosto de 2007. Esta medida foi uma consequência direta do desastre das hipotecas subprime nos EUA, onde as empresas investiram o dinheiro dos seus clientes, enquanto o risco era mínimo. Proporcionalmente, de cada $ 100 em risco, $ 97 pertenciam a fundos de pensões, cooperativas de crédito, contas de aposentadoria e investidores médios. Apenas R $ 3 eram dos bolsos daqueles que arriscaram ativos de seus clientes.

Na maioria dos casos, as instituições financeiras norte-americanas nao regulamentadas diversificaram os riscos de empréstimos subprime a traves da securitização, e transferiram-os para outros bancos no mercado de derivativos de crédito. Derivativos são uma forma de produtos financeiros criados artificialmente que têm pouco ou nenhum valor.

A falta de transparência e falta de clareza nos termos dos contratos de derivativos, fez este instrumento financeiro um dos mais atraentes, mas também o mais arriscado. No caso da crise de 2008, os investidores apenas revelaram a possibilidade de obter retornos elevados, mas não o risco em seus investimentos. Assim, pessoas, empresas e organizações viram o seu dinheiro simplesmente desaparecer. Alguém tinha fugido com seu dinheiro.

As supostas securitizações inofensivas envolviam a transformação de um bem ou um direito não-negociável para um pagamento (por exemplo, uma hipoteca) títulos de dívida ou títulos homogêneos, padronizados e abertos à negociação em mercados organizados. As instituições financeiras assumiram o risco por duas razões. Primeiro, porque o dinheiro que estava em risco, era dos investidores e não o seu. Segundo, porque eles sabiam que os governos ofereceriam resgates, como aconteceu desde 2008. A impossibilidade imediata de saber o valor total desses ativos tóxicos e quem tinha sido exposto a eles piorou ainda mais o tsunami que aprofundou a crise para níveis nunca antes vistos.

A infecção causou o colapso dos mercados financeiros e serviu de desculpa perfeita para o Banco Central Europeu (BCE), a Federal Reserve e outros bancos centrais para assumir a liderança e iniciar a maior transferência de riqueza nunca vista na história. Não apenas os bancos escaparam com o dinheiro de investidores, mas eles também estavam prestes a receber resgates financiados pelos contribuintes — ainda em curso — mesmo sendo eles os únicos culpados pelo colapso do sistema existente.

Até agora, os resgates bancários totais atingiram US $ 1 trilhão, e em todos os casos, todo esse dinheiro tem sido dado a pessoas ligadas aos governos e instituições bancárias internacionais. É importante ressaltar que alguns cálculos estabelecem o valor de mercado de derivativos em pelo menos US $ 1 quatrilhão de dólares; um valor que é impossivel de pagar.

Desde o início da crise, e em uma transação feita de forma isolada, o Banco Central Europeu deu $94.841 milhões, um terço a mais do que foi dado aos bancos depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova York, que somou um total de $69,300 milhoes. Esta mudança significa pouco ou nada, porque as conexões em uma economia globalizada começaram a revelar que os problemas estavam prestes a piorar.

A tempestade, que começou em algumas empresas de financiamento de hipotecas se tornou um vendaval que esmagou governos como os da Grécia, Itália e França, as gigantes hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac e os bancos de investimento como o Bear Stearns e Lehman Brothers em Wall Street. Estes dois bancos, junto com muitos outros foram literalmente absorvidos e digeridos por bancos maiores, com dinheiro dos contribuintes, que ajudou aos banqueiros a curar as perdas e ainda ter mais dinheiro para eles pagar os salários exorbitantes de seus CEOs.

A crise chegou a um ponto em que ela arruinou matematicamente quase a todos, se não todos os países desenvolvidos — embora seus políticos digam o contrário — devido à incapacidade das nações de pagar suas dívidas. Sua implosão é apenas uma questão de tempo. Com a Espanha, França e Itália, que são nacoes incapazes de cumprir as suas obrigações e não estao dispostas a buscar políticas fiscais e monetárias sanas, o colapso da zona euro é quase iminente. Como mencionado em artigos anteriores, a quantidade de tempo até a ocorrência do colapso total está nas mãos dos bancos que inicialmente causaram a crise.

A crise financeira e a desconfiança no sistema de crédito levou a uma recessão extensa nos paises desenvolvidos e retardou o crescimento em mercados emergentes como Brasil e China, mas principalmente colocou em perigo a sobrevivência da moeda única europeia. Os efeitos da crise não foram vistos muito em outras regiões do mundo, onde, no entanto, as suas economias já começaram a encolher.

Europa: Del Subprime al Colapso

POR LUIS MIRANDA | THE REAL AGENDA | AGOSTO 17,2012

La tormenta que comenzó en los EE.UU. hace por lo menos cinco años, ha desestabilizado gobiernos, destruido bancos y financistas hipotecarios.

El estallido de la crisis de las hipotecas subprime en los EE.UU. llega a su quinto aniversario con un legado que incluye una crisis económica mundial que parece no tener fin: la ruptura casi segura del euro, y, en el caso de Grecia, España, Francia y muy probablemente Portugal e Italia, entre otros, la necesidad de buscar rescates de la Unión Europea.

Después de cinco años, Grecia ya no es propiedad de su pueblo, sino de los banqueros. El país experimentó un colapso total desde que la alarma se disparó el 9 de agosto de 2008. Lo mismo ha sucedido en España, que pasó de una tasa de crecimiento del 4% a una negativa que se espera que sea del 1,5% en 2012. Como ocurrió en otros países afectados por la deuda soberana, el mercado de valores de España perdió la mitad de su valor — no es que esto realmente signifique algo en el mundo real — y las ganancias de las empresas, dependiendo a quién se pregunte, han visto dramáticas pérdidas.

Casi todos los países de la zona euro han visto su capacidad de solicitar préstamos eliminada o erosionado profundamente, debido a su pérdida de reputación de los prestatarios dignos de confianza. Esto también ha hecho que sea más caro para las naciones pagar por la deuda ya existente, lo que colocó el foco de atención a los líderes de esas naciones. En respuesta al desafío fiscal, los gobiernos simplemente decidieron continuar como hasta ahora, es decir, pedir prestado más dinero a tasas de interés más altas, con el fin de financiar los sistemas de dependencia popular gigantescos que orgullosamente tienen. A través de los años, el déficit ha crecido, al igual que la deuda y los intereses sobre la misma. La burbuja de la deuda soberana, para usar un término familiar, está mucho más cerca de estallar en determinados países como España, donde la capacidad de pagar su deuda es cada vez menor, mientras que sigue endeudándose.

La negativa de los gobiernos europeos a actuar de acuerdo con los mejores intereses de su pueblo, dio lugar a más paro, más deuda, menos producción y menos soberanía. En la zona euro, la mayoría de los países han sido degradados por las agencias de calificación de crédito, que a propósito fueron creadas por los banqueros.Entre ellas Fitch y Moody’s, lo que se tradujo en el aumento de los costos de endeudamiento.

La prima de riesgo, el índice de confianza de los inversores en la deuda soberana de un país, que se mide por el diferencial entre los bonos a diez años y el bono alemán  para el mismo período, fue de total anonimato a convertirse en el indicador esencial para todas las economías. En agosto de 2007, la prima de riesgo de España, por ejemplo, que es la medida de los costes adicionales exigidos por los inversores para comprar deuda soberana española en comparación con Alemania, fue de 12 puntos básicos, en comparación con los 630 puntos que tiene ahora.

A pesar de que la crisis subprime se basaba en los Estados Unidos, donde todo tipo de sistemas se han creado para defraudar a los prestatarios, prestamistas, las familias y los fondos de inversión, las ondas de choque rápidamente llegaron a Europa, donde los grandes bancos habían invertido — a sabiendas — en los mismos productos financieros fraudulentos manchados con la estafa de los préstamos subprime. Uno de los detonantes de la crisis en Europa fue la suspensión temporal del valor líquido de tres fondos pertenecientes a BNP Paribas el 9 de agosto de 2007. Esta medida fue una consecuencia directa de la debacle de las hipotecas subprime en los EE.UU., donde las empresas invierten dinero de sus clientes, mientras que su riesgo era mínimo. Proporcionalmente, de cada $ 100 que se puso en riesgo, $ 97 pertenecían a los fondos de pensiones, cooperativas de crédito, cuentas de jubilación e inversionistas promedio. Sólo $ 3 salieron de los bolsillos de aquellos que arriesgaron los activos de sus clientes.

En la mayoría de los casos, las instituciones financieras estadounidenses no reguladas diversificaron los riesgos de los préstamos hipotecarios de alto riesgo a través de la titulización, y los transfirieron a otros bancos en el mercado de derivativos de crédito. Los derivativos son en sí mismos una forma de productos financieros creados artificialmente y que tienen poco o ningún valor. La falta de transparencia y la poca claridad en los términos de los contratos de derivativos, hicieron que este instrumento financiero fuera el más atractivo, pero también el más arriesgado. En el caso de la crisis de 2008, los inversores sólo dieron a conocer solamente los altos rendimientos prometidos, pero no el riesgo en sus inversiones. Así es como muchas personas, empresas y organizaciones vieron su dinero simplemente desaparecer. Alguien había simplemente huido con su dinero.

Las supuestas bursatilizaciones inocuas implicaron la transformación de un bien o un derecho no negociable para el pago (por ejemplo, una hipoteca) en títulos de deuda o bonos homogéneos, estandarizados y abiertos a negociación en mercados de valores organizados. Las instituciones financieras asumieron el riesgo por dos razones. En primer lugar, porque no era su dinero el que estaba en riesgo, sino el de los inversores. En segundo lugar, porque sabían que el gobierno vendría al rescate, como ha ocurrido ahora. La imposibilidad inmediata de saber el valor total de estos activos tóxicos y quienes se habían expuesto a ellos lanzó aún peores olas de tsunami que profundizaron la crisis a niveles nunca antes vistos.

El contagio hizo que los mercados financieros se derrumbaran y funcionó como la excusa perfecta para que el Banco Central Europeo (BCE), la Reserva Federal de EE.UU. y otros bancos centrales tomaran la iniciativa e iniciaran la mayor transferencia de riqueza nunca vista en la historia. No sólo los bancos se escaparon con el dinero de los inversores, pero también estaban a punto de recibir los rescates financiados por los contribuyentes — que aún están en curso — a pesar de que ellos eran los únicos culpables del colapso del sistema existente. Hasta el momento, el total de los rescates a los bancos ha alcanzado $ 1 trillón de dólares, y en todos los casos todo este dinero ha sido entregado a personas seleccionadas en los gobiernos y las instituciones bancarias internacionales. Es importante señalar que algunos cálculos establecen el valor fraudulento del mercado de derivativos en por lo menos $ 1 cuatrillón de dólares, que es una suma impagable.

Desde el comienzo de la crisis, y en una transacción hecha de manera aislada, el Banco Central Europeo entregó 94.841 millones de euros, un tercio más que los 69.300 millones de euros inyectados el 12 de septiembre de 2001, un día después de los atentados terroristas en Nueva York. Este cambio significó poco o nada, pues las conexiones en una economía globalizada comenzaron a revelar que los problemas estaban a punto de empeorar. La tormenta que comenzó en  algunas empresas de financiamiento hipotecario se convirtió en un vendaval que aplastó gobiernos como los de Grecia, Italia y Francia, los gigantes hipotecarios Fannie Mae y Freddie Mac y los bancos de inversión como Bear Stearns y Lehman Brothers de Wall Street. Esos dos bancos, junto con muchos otros fueron absorbidos literalmente y digeridos por los bancos más grandes, que con el dinero de los contribuyentes, sanaron todas las pérdidas que tendrían y todavía les quedó mucho más dinero para pagar los bonuses de sus líderes corporativos.

La crisis ha llegado a un punto en el que ha arruinado matemáticamente casi a todos, sino todos los países desarrollados — a pesar de que sus líderes digan lo contrario — debido a la imposibilidad de que las naciones paguen sus deudas. Su implosión es sólo una cuestión de tiempo. Con España, Francia e Italia, al no poder cumplir con sus obligaciones y no estar dispuestos a buscar políticas fiscales y monetarias sanas, la ruptura de la zona euro es casi inminente. Como se ha mencionado en artículos anteriores, la cantidad de tiempo que transcurrirá hasta que se produzca el colapso total está en manos de las instituciones bancarias que originalmente causaron la crisis.

La crisis financiera y la desconfianza en el sistema crediticio ha provocado una recesión tras otra en el mundo desarrollado y ha frenado el crecimiento en los mercados emergentes como Brasil o China, pero sobre todo ha puesto en peligro la supervivencia de la moneda única europea. Los efectos de la crisis aún no se han visto tanto en las otras regiones del mundo, donde sin embargo, sus economías han comenzado a contraerse.

España cumple con letales políticas económicas criadas en Bruselas

POR LUIS MIRANDA | THE REAL AGENDA | 18 JULIO, 2012

Mariano Rajoy y su gobierno han dado otra señal de que no está dispuesto a ejecutar al pueblo español a través de las políticas propuestas y aplicadas por el gobierno europeo, después de que se acordó rescatar a la nación peninsular con unos 125 mil millones de dólares en ayuda. Las condiciones impuestas por Bruselas fueron claras con el fin de proporcionar los fondos para rescatar el sistema bancario español: España debía imponer austeridad y aumentos exorbitantes en los impuestos.

Rajoy ha entregado según lo prometido hace una semana, cuando anunció con orgullo que el gobierno europeo había aceptado las condiciones que España se había propuesto, a pesar de que era a la inversa. En aquel entonces, Rajoy anunció el plan de rescate como un triunfo y un paso en la dirección correcta para sacar a España de la crisis y llevarla al crecimiento económico y mayor empleo. Sin embargo, desde el anuncio del rescate y la realización del contrato entre España y el gobierno de la UE, las cosas han ido solamente cuesta abajo.

Desde la aceptación de la ayuda financiera, que por cierto el pueblo español tendrá que pagar, medidas de austeridad aún más profundas se han aplicado y el impuesto al valor agregado aumentó a 21 por ciento. El Gobierno español dice que ha cortado oficialmente 65 mil millones de euros del déficit fiscal, una medida cuyos resultados se cumplirán, dice Rajoy, en 2014. Gran parte del dinero que el gobierno está recortando pertenece a los programas sociales, en los que millones de españoles dependen para vivir. En términos prácticos, esto significa que el gobierno efectivamente ha atado una soga alrededor del cuello de todas aquellas personas dependientes que verán su poder adquisitivo disminuido de manera exponencial en los próximos 2 años.

El paquete de medidas impuestas por el gobierno europeo, como condición para rescatar al sistema bancario español también incluye fuertes recortes en las prestaciones por desempleo y los salarios de la administración pública. También se cree que las medidas futuras que incluirán el uso de fondos destinados a financiar las pensiones y cuentas de jubilación, así como determinar que la gente tendrá que jubilarse a una edad mucho más tardía y pagar una porción mayor de sus ingresos ya mermados a las pensiones o los sistemas de jubilación. El anuncio de Rajoy de más austeridad y recortes a los programas de ayuda social del gobierno provocó una mezcla de burlas y abucheos de los miembros de los partidos de oposición en el Parlamento español.

“Estas medidas no son agradables, pero son necesarias. Nuestro gasto público supera nuestros ingresos por decenas de miles de millones de euros “, dijo Rajoy a los miembros presentes en el parlamento. También advirtió a la gente acerca de nuevos planes para promulgar nuevos impuestos sobre el consumo de energía y planes para regalar la infraestructura española a empresas privadas que trabajan para el sistema bancario europeo. Rajoy ha afirmado que lugares tales como puertos, aeropuertos y trenes se ‘privatizarían’ con el fin de apretar hasta el último centavo posible para ayudar al gobierno a disminuir su déficit actual. El gobierno de España también retirará descuentos a impuestos a la propiedad que habían sido anunciados en diciembre de 2011.

Los problemas fiscales que enfrenta España se han visto agravados por una reciente protesta pública que se extendió a las calles de Madrid, donde cientos de mineros del carbón que marcharon a la capital desde las regiones del norte de España, protestan contra los recortes en las subvenciones a la minería que dicen los pondrá fuera del trabajo. Esos recortes son también parte de las medidas recientemente adoptadas por el gobierno para supuestamente reducir el déficit. Las medidas de austeridad más recientes están incluso haciendo un hueco en una de las distracciones sociales más importantes de España: el fútbol. Según informó Sport.es, las medidas de austeridad anunciadas por Mariano Rajoy influyen en gran medida en las ventas y transferencias de jugadores antes del inicio de la temporada de fútbol.

Más de cinco años de debacle económica, que comenzó en los días de José María Aznar, se han transformado en una recesión y una depresión que es rechazada como tal por el gobierno, pero que se ha traduzido en una tasa de desempleo de 24% o más, los déficits más altos en las últimas décadas, un sistema bancario en bancarrota que está hasta el pescuezo en inversión en productos financieros ficticios, elevados costos de los préstamos, rebajas financieras del gobierno español y los bancos, el poder adquisitivo disminuido, una caída más profunda en el agujero negro de endeudamiento y, por supuesto, la pérdida de la soberanía nacional.

A pesar de que medidas similares adoptadas en otros países como Grecia no han dado ningún resultado positivo, el gobierno liderado por Mariano Rajoy ya se ha comprometido con los banqueros europeos a adoptar y ejecutar un paquete de políticas que parecen estar llevando  a España lenta y penosamente por el camino de la carnicería financiera. La única parte que falta en España para parecerse a Argentina de 1999 a 2000 son los disturbios públicos en las calles, que parecen más cerca que nunca ahora que los mineros llegaron a la capital para protestar por los recortes en los subsidios. Con más cierres de empresas públicas, reducción de beneficios para los funcionarios públicos, los recortes presupuestarios para los partidos políticos y sindicatos y la adopción de políticas originadas en Bruselas advierten que los disturbios podrían estar a la vuelta de la esquina.

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